sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

  “Eliminando da mente todo o preconceito e não agindo com a burrice estampada no peito”

“Que morra o preconceito e viva a união racial”

Somos todos um

O racismo não é algo do presente e sim, uma herança de um processo de mão-de-obra barata e exploração dos colonizadores sobre os colonizados. Pode-se perceber que existe uma relação muito próxima entre racismo e escravidão, baseados em interesses econômicos e sociais da população branca e européia que resultava em poder e superioridade.
 
No Brasil, o racismo é uma temática que precisa ser discutida constantemente no âmbito
educacional e outros setores da sociedade, isto porque se trata de uma prática que, de certa
forma, é camuflada no país como se fosse algo presente apenas no imaginário de alguns
indivíduos vítimas deste e não um fato consumado que é visto na realidade cotidiana.
 
É possível compreender a educação como um exercício de construção de conhecimentos,
formando cidadãos críticos com outra mentalidade perante o sistema, sua organização e
relações sociais estabelecidas entre os sujeitos sob uma visão de país globalizado e antiexclusivo.

Um bom exemplo pode ser o professor de Biologia Luiz Henrique Rosa, que criou
projeto contra preconceito a partir de apelidos racistas. No quintal então abandonado da
escola, Rosa pediu para que seus alunos escrevessem e colassem no muro os quase 200
nomes de escravos que participaram da Revolta das Vassouras, que fazia aniversário e a
maioria dos alunos nem sabia do que se tratava. O objetivo era que cada um “apadrinhasse”
um cativo, estimulando o sentido de responsabilidade.
Depois, no mesmo espaço, Rosa fez os alunos cultivarem plantas e espécies ligadas à
História do Brasil. O cultivo das plantas começa por especiarias como canela e noz-moscada.
Em uma viagem no tempo, passa-se pelo pau-brasil, cana-de-açúcar e café. Para incutir nos
estudantes o tempo de viagem entre Moçambique e o Brasil a bordo de um navio negreiro, o
professor Luiz Henrique Rosa pediu para que eles plantassem e acompanhassem o ciclo da
couve e da alface por 90 dias — o período em que um escravo sofria nos porões da
embarcação. Para a viagem entre Brasil e Angola, pepinos e mostardas, que têm ciclos de 60 dias.
-Meus alunos olham para a planta e perguntam: “Ele ainda tá amarrado, professor?”, referindo-se ao escravo. Desse jeito consigo trabalhar com eles a dureza da escravidão e o
desenvolvimento dos vegetais — explicou Rosa. (Fonte:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/08/professor-cria-projeto-contra-preconceito-a-partirde-apelidos-racistas.html).

Para extirpar o racismo das escolas é necessário capacitação dos professores no intuito de que os mesmos possam implementar propostas metodológicas capazes de propiciar os alunos o entendimento, a compreensão e sensibilização de que independente das diferenças étnico-raciais, o “ser” faz parte de apenas uma “raça” - a humana, logo, os indivíduos devem cumprir seus deveres e merecem os mesmos direitos, dentre eles, o de ser livres, inclusive de
manifestações/comportamento de racismo, que propiciam consequências negativas no processo de ensino-aprendizagem, bem como em sua socialização.




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