sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014





A diversidade está presente na sociedade brasileira sem fronteiras, limites ou restrições. Diversidades de gênero, raça/etnia, todas juntas: este é o Brasil. Pensar na sociedade brasileira, portanto, implica considerar e planejar ações para a diversidade. Dentro dessa perspectiva, o Estado brasileiro já começa a construir uma nova organização de suas estruturas para incluir e tratar a diversidade não como tema isolado, mas como parte integrante das políticas públicas.
A defesa dos direitos humanos fundamentais, que já fazem parte do direito internacional em geral ou, então, que foram conferidos por instrumentos internacionais de caráter universal, dos quais o Estado brasileiro é signatário, pressupõe a plena aceitação da diversidade e o repúdio a qualquer forma de preconceito ou discriminação
[...] é preciso ter sempre em conta que todas as pessoas nascem
com os mesmos direitos fundamentais. Não importa se a
pessoa é homem ou mulher, não importa onde a pessoa nasceu
nem a cor da sua pele, não importa se a pessoa é rica ou pobre,
como também não são importantes o nome de família, a
profissão, a preferência política ou a crença religiosa. Os direitos
humanos fundamentais são ao mesmo tempo para todos os
seres humanos. E esses direitos continuam existindo mesmo
para aqueles que cometerem crimes ou praticam atos que
prejudicam as pessoas ou a sociedade. Nesses casos, aquele
que praticou o ato contrário ao bem da humanidade deve sofrer
a punição prevista numa lei já existente, mas sem esquecer
que o criminoso ou quem praticou um ato antissocial continua
a ser uma pessoa humana (DALLARI, s.d.).
  “Eliminando da mente todo o preconceito e não agindo com a burrice estampada no peito”

“Que morra o preconceito e viva a união racial”

Somos todos um

O racismo não é algo do presente e sim, uma herança de um processo de mão-de-obra barata e exploração dos colonizadores sobre os colonizados. Pode-se perceber que existe uma relação muito próxima entre racismo e escravidão, baseados em interesses econômicos e sociais da população branca e européia que resultava em poder e superioridade.
 
No Brasil, o racismo é uma temática que precisa ser discutida constantemente no âmbito
educacional e outros setores da sociedade, isto porque se trata de uma prática que, de certa
forma, é camuflada no país como se fosse algo presente apenas no imaginário de alguns
indivíduos vítimas deste e não um fato consumado que é visto na realidade cotidiana.
 
É possível compreender a educação como um exercício de construção de conhecimentos,
formando cidadãos críticos com outra mentalidade perante o sistema, sua organização e
relações sociais estabelecidas entre os sujeitos sob uma visão de país globalizado e antiexclusivo.

Um bom exemplo pode ser o professor de Biologia Luiz Henrique Rosa, que criou
projeto contra preconceito a partir de apelidos racistas. No quintal então abandonado da
escola, Rosa pediu para que seus alunos escrevessem e colassem no muro os quase 200
nomes de escravos que participaram da Revolta das Vassouras, que fazia aniversário e a
maioria dos alunos nem sabia do que se tratava. O objetivo era que cada um “apadrinhasse”
um cativo, estimulando o sentido de responsabilidade.
Depois, no mesmo espaço, Rosa fez os alunos cultivarem plantas e espécies ligadas à
História do Brasil. O cultivo das plantas começa por especiarias como canela e noz-moscada.
Em uma viagem no tempo, passa-se pelo pau-brasil, cana-de-açúcar e café. Para incutir nos
estudantes o tempo de viagem entre Moçambique e o Brasil a bordo de um navio negreiro, o
professor Luiz Henrique Rosa pediu para que eles plantassem e acompanhassem o ciclo da
couve e da alface por 90 dias — o período em que um escravo sofria nos porões da
embarcação. Para a viagem entre Brasil e Angola, pepinos e mostardas, que têm ciclos de 60 dias.
-Meus alunos olham para a planta e perguntam: “Ele ainda tá amarrado, professor?”, referindo-se ao escravo. Desse jeito consigo trabalhar com eles a dureza da escravidão e o
desenvolvimento dos vegetais — explicou Rosa. (Fonte:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/08/professor-cria-projeto-contra-preconceito-a-partirde-apelidos-racistas.html).

Para extirpar o racismo das escolas é necessário capacitação dos professores no intuito de que os mesmos possam implementar propostas metodológicas capazes de propiciar os alunos o entendimento, a compreensão e sensibilização de que independente das diferenças étnico-raciais, o “ser” faz parte de apenas uma “raça” - a humana, logo, os indivíduos devem cumprir seus deveres e merecem os mesmos direitos, dentre eles, o de ser livres, inclusive de
manifestações/comportamento de racismo, que propiciam consequências negativas no processo de ensino-aprendizagem, bem como em sua socialização.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Educação e Diversidades


Maria Maria

"Maria, Maria
É um dom, uma certa magia,
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida"

 

 A música Maria Maria relata a vida de uma mulher trabalhadora e guerreira, que tem ideais mas que no entanto tem suas dificuldades ,e mesmo assim sabe levar a vida ,é uma mulher com gana,manha, graça e tem fé na vida para alcançar seus desejos, sonhos e objetivos .
Sendo o nome “Maria” um nome popular brasileiro se entende que o autor ao citar na música “Maria, Maria É o som, é a cor, é o suor “ ele se refere a todas as mulheres brasileiras trabalhadoras, guerreiras.
Portando a música de Maria Maria (uma versão da original de Carlos Santana) de Milton nascimento e Fernando Brant, relata a vida de uma mulher brasileira com dificuldades, mas que nunca deixa de batalhar no seu dia a dia pelos seus ideais.

 

VIDA MARIA

Este filme mostra o que se vê pelos sertões do país. A realidade de muitas crianças nordestinas.  Onde vemos crianças que tem sua infância interrompida muitas vezes para ajudar a família a sobreviver, na dura realidade da miséria.

A Maria do filme, que mostra enorme satisfação em saber escrever seu nome, pretende uma vida diferente da sua mãe, que não tem uma visão de futuro.

"Vida Maria" é um curta-metragem em 3D, lançado no ano de 2006, produzido pelo animador gráfico Márcio Ramos, que venceu inúmeros festivais nacionais e internacionais no ano de seu lançamento. Com apenas nove minutos de exibição, o curta denuncia a ausência de escolarização e as condições precárias de vida de várias gerações de mulheres do sertão cearense. A animação acompanha a rotina da personagem "Maria José", uma menina que se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos.
"Maria José" é apenas mais uma Maria que deixou de lado os estudos e se dedicou à casa, ao marido e aos filhos, vivendo em estado de auto-anulação, onde sua vontade e seus sonhos não ultrapassam a cerca da casa onde vive. O filme de Márcio Ramos explora as limitações e a falta de perspectiva que essas mulheres enfrentam durante toda a sua vida, se repetindo por diversas gerações.
Mais que isso, "Vida Maria" transborda os limites do sertão, aproximando-se também das mulheres pobres urbanas, que da mesma forma que "Maria José" vivem a mercê do marido, cuidando da casa e dos filhos.

Este filme merece ser visto e discutido por nordestinos, brasileiros e pessoas do mundo inteiro.
Fonte
:http://misturadealegria.blogspot.com.br

 

Vida Maria 

Vida Maria é um retrato triste e fiel da realidade de milhares de mulheres e gerações. A seca que assola o sertão torna a vida difícil e a mulher sem estudo por ter que trabalhar cedo se torna uma esposa submissa. É um ciclo que se repete. Baixa escolaridade ou nenhuma, somada a vida difícil e necessidade de sobrevivência. Daí repete-se padrões da mãe, da avó, da bisavó exaustivamente.